Panorama internacional

Analista explica por que Patriot dos EUA não deve ser considerado 'arma milagrosa' para Ucrânia

Os sistemas de mísseis antiaéreos Patriot, que os EUA podem transferir para as tropas ucranianas, não devem ser considerados uma "arma milagrosa", não afetando o decorrer dos combates na Ucrânia, disse à Sputnik Vladimir Batyuk, professor de Estudos de Política Mundial da Escola Superior de Economia - Universidade HSE.
Sputnik
Anteriormente, o canal de TV norte-americano CNN, com referência a fontes, informou que as autoridades dos Estados Unidos podem anunciar nesta semana o envio de sistemas de mísseis antiaéreos Patriot para Kiev.

"Depois disso, nada acontecerá. É um sistema de armas bastante sofisticado. É necessária a capacitação de pessoal, coordenação de combate e tudo o que é preciso quando um novo sistema de armas é recebido. Pelo menos, em um futuro próximo, não terá qualquer influência no decorrer das operações militares", disse o especialista, comentando as informações do canal de TV.

Segundo ele, se os EUA fornecerem treinamento para o pessoal, então eles possivelmente poderão ser usados, mas sem treinamento especial este sistema de armas não terá serventia.
"Não se deve criar um culto de 'arma milagrosa' mesmo que Patriot apareça em serviço das Forças Armadas da Ucrânia em plena prontidão de combate, [porque] é improvável que isso realmente mude alguma coisa", ressaltou Batyuk.
Caso os Patriot sejam enviados à Ucrânia, este seria o primeiro equipamento de longo alcance entregue pelos Estados Unidos.
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Os complexos Patriot são o principal elemento da defesa antimíssil do Exército norte-americano. Eles estão em serviço das Forças Armadas dos EUA desde 1984, e supõe-se que permaneçam em serviço até 2040. Existem várias modificações destes complexos – com alcance de 30 a 160 km, bem como modificações especialmente projetadas para interceptar mísseis balísticos.
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