Em possivelmente maior compra de todos os tempos, Suécia encomenda mais mísseis Patriot aos EUA

O país nórdico continuou a execução do contrato de 2018, que prevê os EUA venderem até 300 mísseis do sistema, cuja entrega à Ucrânia já foi aprovada por Washington.
Sputnik
A Suécia fez uma nova encomenda de mísseis do sistema de defesa antiaérea Patriot dos EUA, anunciou a Administração de Material de Defesa (FMV, na sigla em sueco) do país.
O preço exato e o número de mísseis encomendados não foram revelados, mas a compra pode se tornar a mais cara da história da Suécia.
O governo americano aprovou pela primeira vez o pedido da Suécia para comprar o sistema de defesa antiaérea Patriot em 2018, colocando um teto de US$ 3,2 bilhões (R$ 16,53 bilhões, na conversão atual) e uma venda máxima de 300 mísseis. A Suécia ainda não encomendou a quantia total, mas recebeu quatro unidades de lançamento até agora.
Cada unidade tem três dispositivos para diferentes tipos de mísseis, uma estação de controle, um radar combinado de reconhecimento e controle de tiro, uma usina elétrica, uma unidade de reparação e veículos de reboque associados. Além disso, há equipamentos de comando para os dois batalhões antiaéreos suecos, que deverão estar totalmente equipados em 2025.
Panorama internacional
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O Patriot é um sistema de mísseis terra-ar, usado como principal armamento defensivo de seu tipo pelos EUA e seus aliados. Ele foi desenvolvido para proteção contra todos os alvos aéreos, como helicópteros, aviões, robôs balísticos e robôs de cruzeiro. O sistema de defesa antiaérea é comercializado na Suécia como Sistema de Defesa Aérea 103. Ele é equipado com mísseis PAC-2/GEM-T.
O uso do Patriot tem sido expandido entre os Estados-membros da OTAN após o começo da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, e recentemente Washington aprovou seu envio para as mãos de Kiev. Já Moscou adverte que a ajuda militar não contribui para o fim do conflito e as negociações, com Vladimir Putin, presidente russo, garantindo que "deixem-nos colocá-lo lá, nós também vamos destruir o Patriot".
No início deste ano, após décadas de relativa neutralidade militar durante a Guerra Fria, a Suécia, junto com a Finlândia, abandonou esse posicionamento e iniciou o processo de adesão à OTAN, liderada pelos EUA. Foi citada como pretexto a operação especial da Rússia e a consequente "situação de segurança".
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