Conforme publicou o jornal The Wall Street Journal, citando autoridades alemãs e lideranças da indústria bélica, atualmente a Alemanha só tem munição suficiente para duas semanas em caso de confronto militar direto com a Rússia.
Segundo a publicação, a base industrial da Alemanha está sendo prejudicada pela escassez de trabalhadores qualificados, problemas na cadeia de suprimentos, altos custos de financiamento, falta de capacidade de produção e regulamentações ambientais.
A solução da Alemanha para o seu problema inclui planos para expandir a sua produção em toda a Europa, reformando uma fábrica da era soviética na Romênia para produzir projéteis de artilharia nos padrões exigidos pela OTAN e armas de padrão soviético utilizadas pela Ucrânia. Mais detalhes sobre o projeto podem ser anunciados até o final de dezembro, aponta o jornal.
Secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, mostra documentos da solicitação da Suécia e Finlândia para aderirem à Aliança Atlântica, Bruxelas, Bélgica, 18 de maio de 2022
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As Forças Armadas ucranianas estão usando cerca de seis mil projéteis de artilharia por dia e têm atualmente poucos mísseis de defesa antiaérea, ainda segundo a publicação. Os membros da OTAN são obrigados a ter munições suficientes em seus estoques para durar pelo menos 30 dias de combate.
Segundo especialistas ouvidos pela publicação, o problema enfrentado por Berlim se estende a todos os membros da OTAN que, com exceção dos Estados Unidos, não têm a capacidade de lutar uma guerra de artilharia de larga escala, nem a base industrial necessária para criar as reservas necessárias para esse cenário.
Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, os países-membros da OTAN mantêm uma linha contínua de auxílio a Kiev com envio de recursos financeiros e diversos equipamentos militares. Os armamentos enviados vão desde suprimentos simples de munição a equipamentos sofisticados de artilharia de longo alcance, como os Himars.