O vice-primeiro-ministro russo Aleksandr Novak afirmou que Moscou está pronta para reduzir a produção de petróleo como medida de resposta ao limite de preços introduzido pelos países da União Europeia (UE) e do G7. De acordo com ele, a produção pode ser reduzida em cerca de 7% no início de 2023.
Novak acrescentou que, em retaliação, a Rússia planeja proibir o fornecimento de petróleo e produtos petrolíferos a países e entidades jurídicas que exigem o cumprimento do limite de preços nos contratos.
"Portanto, estamos prontos para reduzir parcialmente a produção e, no início do próximo ano, podemos ter uma redução de 500 a 700 mil barris por dia. Isso é, em nosso caso, cerca de 5-7%", disse ele. Novak observou que, embora "este volume seja insignificante, existem riscos".
Ele também disse que a produção de petróleo na Rússia aumentará em 2% e o refino em 5%, e que a produção de gás diminuirá em 18-20% até o final de 2022.
"Até o final do ano na indústria do petróleo, teremos um aumento de 2% na produção, para 535 milhões de toneladas, em relação ao ano passado. Vamos produzir cerca de 5% mais produtos derivados do petróleo do que no ano passado", apontou Novak.
"Há uma diminuição parcial na indústria de gás, cerca de 18-20%. No entanto, nossa indústria de gás produzirá 671 bilhões de metros cúbicos de gás neste ano. Este é também um grande volume, dos quais cerca de 470 bilhões de metros cúbicos vão para o mercado interno", acrescentou.
A declaração vem depois que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse aos jornalistas na quinta-feira (22) que assinaria, no início da próxima semana, um decreto sobre medidas de retaliação ao teto de preços do petróleo russo, no que descreveu como medidas de precaução.