A descoberta foi publicada pela autora do estudo, Julia Grasky, da Divisão de Ciências Naturais do Instituto Arqueológico Alemão de Berlim, na revista Nature.
As mãos foram encontradas enterradas, com a palma para baixo, em três covas separadas em um antigo palácio egípcio dos hicsos, no nordeste do país.
A recente descoberta de 12 mãos decepadas do tempo do Antigo Egito fornecem a primeira prova de amputações nesta cultura, bem como uma nova visão sobre os aspectos mais sombrios de sua história
CC BY 4.0 / Julia Gresky et al. / First osteological evidence of severed hands in Ancient Egypt (cropped image)
Segundo os especialistas, ainda não está claro se as mãos foram amputadas de pessoas que já estavam mortas ou se ainda estavam vivas, mas foi determinado que os restos pertenciam a homens adultos.
Além disso, os arqueólogos afirmaram que as mãos foram encontradas totalmente intactas com tendões e ligamentos, e que mantinham os ossos juntos.
A recente descoberta de 12 mãos decepadas do tempo do Antigo Egito fornecem a primeira prova de amputações nesta cultura, bem como uma nova visão sobre os aspectos mais sombrios de sua história
CC BY 4.0 / Julia Gresky et al. / Mãos decepadas do antigo Egito indicam lado sombrio da história
Pesquisas recentes sugerem que o povo hicso levou a chamada prática de "tomada de troféus", ou seja, a amputação da mão direita dos inimigos, para o Egito, muito antes de sua representação nas tumbas egípcias.
A recente descoberta dá pistas sobre a evolução das antigas práticas de guerra e destaca a influência de culturas estrangeiras no desenvolvimento da sociedade egípcia.
Primeira evidência osteológica de mãos decepadas no antigo Egito
CC BY 4.0 / William Vivian Davies/Oxford / Mãos decepadas do antigo Egito indicam lado sombrio da história
Os hicsos foram um povo semita asiático que governou o Egito aproximadamente em 1800 a.C, iniciando o Segundo Período Intermediário da história do Antigo Egito.