Operação militar especial russa

Italianos 'disparam' contra OTAN e EUA em iniciativa para referendo no país contra armas na Ucrânia

Na Itália, foi iniciada a coleta de assinaturas para a realização de um referendo, para suspender o fornecimento de armas à Ucrânia.
Sputnik
De acordo com o jornal Il Fatto Quotidiano, citando os responsáveis pela iniciativa, a maior parte da população italiana é contra o fornecimento de armas a Kiev.
Todo 25 de abril os italianos celebram o Dia da Libertação do Fascismo, e, às vésperas da celebração, foi iniciada por toda a Itália, a coleta de assinaturas para a realização de um referendo, para revogar as leis que autorizam o fornecimento de armas à Ucrânia.
A iniciativa envolve diversas celebridades italianas, incluindo o ator, músico e cantor Moni Ovadia.

"O Comitê do Referendário insta todos os italianos que se importam com as pessoas e sua saúde, a apoiar esta iniciativa [...]. Eu acredito que o referendo é um instrumento útil e eficiente [...]. Eu penso que a maioria dos italianos estão com a consciência pesada por apoiarem esse conflito e agirão categoricamente contra o fornecimento de armas", declarou o ator.

Ovadia afirma que o grande problema é que os políticos não estão interessados na opinião dos italianos, e por isso o referendo é importante, pois a população poderá votar e mostrar aos políticos que os italianos querem uma resolução pacífica para o conflito na Ucrânia.
Ele também destacou que todos já deveriam saber que o conflito é travado apenas em torno dos interesses de dois lados.
"A OTAN quer acabar com a Rússia, para depois cuidar da China. Os EUA estão lidando com o fim de uma era de hegemonia americana e mudanças na ordem mundial, por isso estão atuando de forma habitual. Proteger a democracia, é uma ironia. Isso é dito por aqueles que permitem o extermínio de curdos e iemenitas", enfatizou o ator.
Ele também ressaltou que o conflito deve ser resolvido por vias diplomáticas e pacificamente, já que todos sabem que é impossível vencê-lo no campo de batalha.
"No Iraque e Afeganistão, os EUA eliminaram milhões de pessoas e depois correram com o rabo entre as pernas. As ações militares são necessárias para aqueles que vendem armas, a elite econômica e militar", adicionou.
Por fim, ele ainda ressaltou que a Rússia é um país enorme, sobre o qual todos falam, mas quase ninguém conhece, e que deveriam agradecer aos russos por terem libertado a Europa do fascismo.
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