O funcionário ucraniano solicita, em particular, o fechamento da "brecha" que permite países terceiros transformarem petróleo bruto comprado das empresas estatais russas de energia em gasolina, gasóleo e outros produtos, para que mais tarde possam vendê-lo sem restrições.
Como exemplo, Ustenko citou a Índia, cujas compras de petróleo russo antes do conflito não representavam mais de 1% do total das importações, e agora subiram para 40%.
De acordo com publicação, em dezembro do ano passado os países do G7 concordaram em definir o preço limite para o petróleo russo em US$ 60 (R$ 297,31) por barril. A ideia era colocar pressão financeira sobre Moscou sem paralisar o mercado de petróleo.
De acordo com Ustenko, os políticos ocidentais devem apoiar a proibição de todos os produtos petrolíferos fornecidos aos países do G7, se eles forem produzidos usando petróleo russo, mesmo que o seu processamento tenha sido feito em outro lugar. Além disso, Kiev quer contar com o apoio do G7 para reduzir o teto de preço ao petróleo bruto russo para US$ 30 (R$ 148,66) por barril.
Se a Polônia e os Estados bálticos insistiram em reduzir o preço máximo já no ano passado, países como a Grécia, cujos petroleiros transportam combustível russo, rejeitaram a oferta, relembra Politico.
Estas medidas, de acordo com Ustenko, seriam "um sinal sério" para os fabricantes que agora é completamente ilegal lidar com o petróleo russo.
No entanto, é improvável que essa ideia encontre muito apoio, observa a publicação. De acordo com o pesquisador do Instituto de Pesquisa de Política Externa e autor de novo livro sobre sanções contra a Rússia, Maximillian Hess, o processamento de petróleo russo por países terceiros foi implícito pelos iniciadores de sanções desde o início.
"Parte da estratégia do Ocidente, como os EUA têm dito repetidamente, é manter o fluxo de petróleo russo", disse ele, garantindo que Moscou ganhe menos por suas exportações e não ganhe os prêmios que vêm da venda de combustível refinado em vez de petróleo.