As Filipinas tomarão "todas as ações apropriadas para causar a remoção de barreiras" em uma área disputada no mar do Sul da China, prometeu na segunda-feira (25) Eduardo Año, assessor de Segurança Nacional do país.
No domingo (24), as Filipinas compartilharam imagens de uma barreira flutuante que bloqueia o acesso de embarcações de pesca ao Scarborough Shoal, com navios da Guarda Costeira da China nas proximidades.
Citado na segunda-feira (25) pela agência britânica Reuters, o Ministério das Relações Exteriores das Filipinas condenou as barreiras como violadoras dos direitos de seus pescadores, e afirmou que "tomaria todas as medidas apropriadas para proteger a soberania de nosso país e o sustento de nossos pescadores".
"Temos que ter muito cuidado [para não cometer] qualquer erro diplomático", disse na segunda-feira (25) o comodoro Jay Tarriela, porta-voz da Guarda Costeira filipina, antes dos comentários do governo, quando questionado se a Guarda Costeira estava planejando remover a barreira.
Segundo ele, a China costuma colocar tais barreiras para vigiar um grande número de pescadores na área, e depois as remove.
Também na segunda-feira (25), a Guarda Costeira da China anunciou ter frustrado uma tentativa de entrada de uma embarcação filipina em uma área disputada do mar do Sul da China, o que forçou o navio a sair, referiu na segunda-feira (25) a agência britânica Reuters.
A China reivindica 90% do mar do Sul da China, sobrepondo-se às zonas econômicas exclusivas do Vietnã, Malásia, Brunei, Indonésia e Filipinas. Pequim se apoderou do Scarborough Shoal em 2012 e forçou os pescadores das Filipinas a navegar mais longe, o que resultou em uma menor quantidade de pesca.
Pequim também disputa com Manila a área em torno do BRP Sierra Madre, um navio americano da Segunda Guerra Mundial encalhado intencionalmente pelas forças filipinas em 1999 para exigir controle sobre a região.