Ontem (4), Honduras decidiu retirar seu embaixador de Israel alegando que as violações cometidas por Israel na Faixa de Gaza constituem crime contra a humanidade. Neste sábado (4), Tel Aviv "castigou" a ação de Tegucigalpa, afirmando que a medida fornece apoio ao Hamas.
"A decisão do governo hondurenho de retirar o seu embaixador ignora o direito de Israel de se defender contra a organização terrorista Hamas, que é pior que o Daesh [organização proibida na Rússia e em diversos países]. Esperamos que o governo hondurenho condene o Hamas, apoie o direito de Israel de se defender e não tome decisões que apoiem o terrorismo do Hamas", afirmou Lior Haiat, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel em uma postagem no X (antigo Twitter).
O porta-voz também repetiu o que disse à Bolívia: "Os terroristas do Hamas assassinaram mais de 1.400 pessoas, sequestraram 240, entre elas crianças, bebês, mulheres e idosos, e ainda os mantêm como reféns. Israel lutará contra os terroristas do Hamas até que o Hamas seja eliminado da Faixa de Gaza".
Nesta semana, a Bolívia decidiu cortar seus laços diplomáticos com Israel e o Chile e a Colômbia convocaram seus embaixadores para prestar esclarecimentos sobre violações do direito internacional humanitário por parte de Israel.
Também neste sábado (4), o Reino Unido, através de seu ministro das Relações Exteriores britânico, James Cleverly, pediu ao Irã que use sua influência junto a grupos na região do Oriente Médio para evitar uma escalada do conflito.
A chancelaria britânica disse que Cleverly conversou com seu homólogo iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, ontem (3) e declarou que "o Irã é responsável" pelas ações de grupos como o Hamas e o Hezbollah, segundo o The Guardian. O ministro também reiterou que as ameaças apoiadas por Teerã contra as pessoas no Reino Unido eram inaceitáveis e deveriam parar.
No entanto, não ficou claro, a partir das leituras fornecidas por ambos os lados, se Cleverly explicou quaisquer consequências para o país persa, caso este fosse considerado que Teerã está alimentando ativamente uma guerra mais ampla, ou se ele forneceu alguma informação para mostrar que o Ocidente conhecia a profundidade do envolvimento do Irã, escreve a mídia.
Londres apoiou o direito de Israel de se defender após o ataque de 7 de outubro do grupo militante Hamas. Até o momento, o número oficial de palestinos mortos divulgado é de 9.061 e outros 32.000 estão feridos. Em Israel, o número é de 1.400.