Irã liberta 440 pessoas presas durante protestos

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Os protestos no Irã, nos finais de dezembro de 2017 - Sputnik Brasil
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O Irã libertou 440 pessoas que foram presas em Teerã durante os protestos anti-governo, segundo afirmou à agência Reuters um oficial judiciário. Não se sabe ao certo quantas pessoas foram detidas no país.

Os protestos que ganharam as ruas contra problemas econômicos do país em dezembro do ano passado, se espalharam por mais de 80 cidades e resultaram em 25 mortes.

De início, os protestos deram vazão à insatisfação contra preços altos e suposta corrupção, mas tomaram uma dimensão política pouco vista no país nas últimas décadas, alcançando um número maior de pessoas que pediam a queda do líder supremo do país, Aiatolá Ali Khamenei.

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Os oficiais judiciais anunciaram mais de mil pessoas haviam sido presas no país, no entanto, o legislador Mahmoud Sadeghi disse na semana passada que ao menos 3,7 mil pessoas foram detidas.

Segundo a Reuters, algumas pessoas morreram sob custódia, fato que fez com que agências de direitos humanos procurassem por uma investigação independente acerca desses casos.

O vice-presidente do parlamento iraniano, Ali Motahari, disse a uma agência estatal de notícias no domingo (14) que relatórios a que teve acesso apontam que ao menos três das pessoas detidas teriam morrido na cadeia.

O judiciário, por outro lado, confirmou duas mortes, apontando que as pessoas teriam cometido suicídio.

"Mais de 400 pessoas que foram presas em Teerã durante os protestos foram soltas", disse à agência de notícias Mehr no domingo (14), o promotor de Teerã, Abbas Jafari Dolatabadi.

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Segundo o promotor, a maioria dos que foram presos durante os protestos eram de famílias com baixa renda e idade entre 18 e 35 anos.

Os Estados Unidos impuseram sanções sobre 14 pessoas e entidades iranianas na sexta-feira (12) devido a abusos de direitos humanos, além de apoiarem o programa de armas do país. Entre os que sofreram sanções está o líder do judiciário no Irã, Aiatolá Sadeq Larijani.

Larijani é considerado próximo do líder supremo do Irã, Aiatolá, Ali Khamenei. Sadeq Larijani teria dito à agência de notícias estatal iraniana, ISNA, nesta segunda-feira (15), que a imposição de sanções sobre ele como líder do judiciário, seria um abuso, e ainda afirmou que o Irã não ficaria em silêncio diante de tal atitude.

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