A nova estratégia militar dos EUA, divulgada na última sexta-feira, determina que a China, Rússia, Coreia do Norte e Irã são países concorrentes de Washington.
O secretário de Estado destacou que os EUA enfrentam ameaças crescentes de diferentes poderes revisionistas, incluindo a Rússia e a China. No que diz respeito à estabilidade global, Mattis citou a Coreia do Norte e o Irã como as principais ameaças.
"Os Estados Unidos declararam abertamente que, uma vez que a Rússia se comporta de forma insolente, está desmantelando seu mundo unipolar, e é por isso que Moscou é o seu principal rival", acrescentou.
O especialista afirma também que, quanto ao terrorismo, "ficou claro há algum tempo que, na Síria, a coalizão antiterrorista liderada pelos EUA não procura derrotar grupos terroristas, mas vê o Irã, o governo sírio e a Rússia como seu principais rivais.
Já o presidente da Academia de Problemas Geopolíticos da Federação Russa, o coronel-general Leonid Ivashov, destaca uma retórica relativamente menos agressiva em relação à China.
"A estratégia dos EUA, acima de tudo, é dirigida contra a Rússia, a China permanecerá em segundo plano no momento: enquanto Moscou tiver seu potencial nuclear, os EUA não vão se meter com a China", disse.
Ivashov descartou que o jogo militar norte-americano poderia afetar a Rússia, mas chamou a atenção para o "poder brando" de Washington, que foi muito eficaz contra a União Soviética".
"Sem 'se livrar' da Rússia, os EUA não poderão controlar a Eurásia, então Washington irá concentrar sua atenção em uma operação geopolítica global contra ela", advertiu.