"Embora muitas delas tenham violado as regras do Twitter em relação ao spam, por enquanto não temos provas consistentes que permitam liga-las [as contas] à Rússia ou com a Agência de Pesquisa da Internet [empresa russa que se ocupa das análises da opinião pública nas redes]", diz-se na carta.
Vale destacar que o Facebook indica a Agência de Pesquisa da Internet como o principal objeto de acusações em tentativas de influenciar nas eleições presidenciais estadunidenses de 2016.
O comitê, por sua vez, afirmou que não está completamente satisfeito com a resposta do Twitter, que "provoca perguntas adicionais".
Os parlamentares britânicos estão realizando uma pesquisa em relação a uma onda de desinformação e alegada interferência russa no referendo sobre a saída do Reino Unido da UE em 2016. Ao mesmo tempo, as autoridades britânicas têm confessado que não dispõem de quaisquer provas desta interferência.
Em sequência, o comitê britânico solicitou as informações das empresas Twitter e Facebook, enquanto o último ainda não chegou a apresentar os resultados da sua investigação.
Além disso, ainda em novembro o Colégio Eleitoral britânico se dirigiu às redes sociais em referência à pesquisa ligada às fontes de financiamento da empresa Vote Leave, que tinha promovido a ideia do Brexit entre a população. Na época, o Facebook relatou que as estruturas russas tinham gasto um pouco menos de US$ 1 com a publicidade relacionada com os usuários britânicos, enquanto o Twitter informou sobre US$ 1.000, a alegada soma que a emissora RT teria pago.
No Ocidente, a Rússia tem sido repetidas vezes acusada de tentar influenciar as eleições em vários países, como nos EUA, na Alemanha, na França e outros.
Moscou, por sua vez, tem refutado estas acusações ao afirmar que são absolutamente infundadas e não há nenhum fatos que as comprovem.