Na noite da última segunda-feira, uma criança de apenas oito anos foi agredida por dois adolescentes em Sarcelles, no departamento de Val-d'Oise, apenas porque portava um quipá (espécie de chapéu utilizado por judeus), de acordo com a mídia local. O caso comoveu a sociedade francesa, levando o presidente francês, Emmanuel Macron, a denunciar publicamente a ação.
Un petit garçon de 8 ans a été agressé aujourd’hui à Sarcelles. Parce qu'il portait une kippa. À chaque fois qu’un citoyen est agressé en raison de son âge, de son apparence ou de sa confession, c’est toute la République qu’on agresse. 1/2
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) 31 de janeiro de 2018
"Um menino de oito anos foi agredido hoje em Sarcelles. Porque portava um quipá. Cada vez que um cidadão é agredido por conta de sua idade, aparência ou confissão, toda a República é agredida", disse ele.
De acordo com o premiê Édouard Philippe, a França, que possui a maior população judaica da Europa Ocidental, está tendo que lidar com a emergência de um novo tipo de antissemitismo atualmente. Para ele, a melhor forma de combater essa violência, em primeiro lugar, é tendo coragem de dar nome a essa prática.
#Sarcelles : nous ne pouvons pas accepter qu'un enfant de 8 ans soit agressé parce qu'il portait un signe religieux. C’est une agression antisémite. La justice doit passer avec sévérité. #DirectAN pic.twitter.com/IlSYkfV0Md
— Edouard Philippe (@EPhilippePM) 31 de janeiro de 2018
"Sarcelles: nós não podemos aceitar que uma criança de oito anos seja agredida porque usava um símbolo religioso. Essa é uma agressão antissemita. A justiça deve agir com severidade."
Segundo um relatório divulgado pelo Ministério do Interior nesta quarta-feira, o número de atos racistas sofreu uma queda geral na França no último ano, mas as ações violentas contra muçulmanos e, principalmente, judeus, no entanto, tiveram uma alta considerável.