"O Brasil se posiciona sem dúvida como o país latino-americano com o maior poder de fogo, dispondo de 697 aviões de guerra. Posteriormente e dependendo da classificação, virão a Colômbia, o Chile, o México e a Argentina", disse à Sputnik Mundo o analista militar mexicano José Quevedo, colaborador permanente do portal especializado Infodefensa.
"Há alguns anos a Argentina tinha um poder de fogo muito maior, mas, após ter desativado os Mirage [caças supersônicos] em 2015, vai caindo gradualmente neste ranking. O Chile está subindo, pois seus aviões F-16, tanto os novos como os modernizados que compraram à Holanda, lhe dão um poder maior", afirmou Quevedo.
O analista militar também comentou o interesse de potências como a Rússia, a China e a UE pelo mercado regional dos países latino-americanos, em contraste com o desinteresse mostrado nos últimos anos pelos EUA.
"A Rússia mostrou sua intenção de poder transferir sua tecnologia e em algum momento deslocar fábricas de vários componentes aeronáuticos na América Latina. É uma boa opção e acredito que está jogando muito bem suas cartas", sublinhou.
Neste sentido, o especialista falou dos países que estão em processo de modernização de aeronaves, tais como a Colômbia, o México e o Peru. José Quevedo acredita que "o avião que mais se adapta às necessidades latino-americanas é o MiG-35, um avião menor e mais fácil de operar, com uma capacidade de voo e de portar armas muito interessante, não sendo tão caro em comparação com o Su-30".