"A corrida armamentista é um processo bilateral. Nós temos o nosso próprio programa de modernização do complexo nuclear, eles também têm o seu", acrescentou ele.
"É um documento de política interna dos EUA. Trata-se de uma enorme quantidade de dinheiro. Eles precisam realizar uma modernização. Essa modernização vai custar 1,3 trilhões de dólares [R$ 4,2 trilhões] nos próximos 30 anos", disse Buzhynsky.
Segundo a doutrina apresentada, a Rússia ameaça poder usar primeira um "ataque nuclear limitado".
Entretanto, o chefe do comitê parlamentar da Defesa russo, Vladimir Shamanov, declarou que os documentos orientadores russos não preveem a possibilidade de um ataque preventivo. De acordo com Shamanov, a nova doutrina se tornaria "uma via direta para o agravamento das tensões e confrontação".
O presidente do comitê de Relações Internacionais da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), Leonid Slutsky, opinou que a nova doutrina é "perigosa do ponto de vista de violação dos princípios da contenção nuclear".
A nova doutrina nuclear dos EUA, apresentada em 2 de fevereiro, descreve o mundo em tons muito mais sombrios que os documentos anteriores. Um lugar chave na doutrina está reservado à Rússia apesar de todos os "suspeitos do costume", representados pela China, Irã e Coreia do Norte, também serem nela mencionados.