Em caso das aproximações durante voos, que se tornam cada vez mais frequentes, sempre há uma parte que considera os incidentes algo extraordinário, enquanto que a outra fala sobre trabalho de rotina no ar.
Habitualmente os pilotos estadunidenses se queixam, acusando seus homólogos russos de manobrar de forma perigosa ou pouco profissional. Em alguns casos, os militares russos denunciam a falta de profissionalismo ou os ataques de pânico de sua contraparte.
Até o momento, nenhuma aproximação perigosa não resultou em acidente. Apesar disso, Moscou, bem como Bruxelas, mostra-se alarmada com a repetição de perseguição no ar.
Aqui é possível apreciar alguns dos exemplos de encontros das aeronaves russas e da OTAN no espaço aéreo internacional.
Entre os incidentes aéreos, há aquele que ocorreu na segunda-feira passada (29), quando o avião espião estadunidense EP-3E foi interceptado pelo caça russo Su-27. Esse incidente, qualificado por Moscou como "normal e absolutamente legal" foi considerado "perigoso" por Washington, destacando que tais ações provocam o risco de "consequências catastróficas". A intercepção ocorreu sobre águas do mar Negro.
MT @USNavyEurope: Additional video of Russian Sukhoi Su-27's unsafe intercept of @USNavy EP-3E Aries II, as the EP-3 was flying in international airspace over #BlackSea on Jan. 29. Video compilation. pic.twitter.com/O3ez9Mcfip
— U.S. Navy (@USNavy) 31 de janeiro de 2018
Em junho do ano passado, um caça F-16 da Força Aérea dos EUA escoltou — sem nenhum convite e em uma distância muito curta — o avião do ministro da Defesa, Serguei Shoigu, sobre o mar Báltico. De acordo com os dados da RMF FM, um par de caças polonês que patrulhou o céu sobre os países do Báltico no âmbito da missão da OTAN, foi alarmado "devido a aviões russos, que estavam voando perto das fronteiras dos países, onde protegemos o espaço aéreo".
No entanto, não é sempre que os aviões de combate são "interceptados" pela aviação militar dos países ocidentais. Entre as exceções, está o voo da delegação russa para a cúpula da APEC no Peru, do qual se aproximaram caças da Suíça em novembro de 2016 para uma "dupla verificação" de que a aeronave russa "não havia sido sequestrada".