Ele afirmou que a intenção de Pequim em dominar o mar do Sul da China é "cristalina" e que os EUA ignoram o alerta e deixam "por nossa conta e risco".
"No final do dia, a capacidade de fazer guerra é importante para não se tornar um “tigre de papel". Espero que isso não cause conflito com a China, mas temos que estar prontos", disse.
Neste sentido, o almirante destaca a Austrália como um "aliado-chave dos EUA" e também "um dos alicerces da ordem internacional baseado em regras" que, segundo ele, a China está empenhada em minar.
"Procuro ajuda de meus parceiros australianos, admiro sua liderança em campos de batalha e em corredores de poder no mundo […] Eles são aliados-chave dos EUA e estiveram conosco em cada grande conflito desde a 1ª Guerra Mundial", enfatizou Harris.
Enquanto isso, o embaixador chinês nos EUA, Cui Tiankai, alertou que "é extremamente paranoico temer que a China, em busca do seu próprio caminho de desenvolvimento, entre em confronto com os EUA".
No inquérito de seus interesses nacionais e diplomáticos divulgados em novembro de 2017, Camberra disse que estava "particularmente preocupada com o ritmo do aumento sem precedentes das atividades dos chineses" no mar do Sul da China, que atrai a disputa de vários países.
Pequim tem defendido sua reinvindicação na área através da construção de ilhas artificias ao redor das ilhas Spratly. No ano passado, a China construiu cerca de 290 mil metros quadrados de instalações, incluindo depósitos de armazenamento subterrâneos, edifícios administrativos e grandes instalações de radar.
Com o pretexto de "liberdade de navegação", a Marinha dos Estados Unidos continua a patrulhar áreas remotas diante dos protestos chineses.