Na sexta-feira (16), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelou em documentos judiciais indiciou a Agência de Pesquisa da Internet (IRA), que tem sede em São Petersburgo, pelo suposto envolvimento em operações para interferir nas eleições de 2016, tentando influenciar o resultado em favor do presidente Donald Trump.
As autoridades dos EUA chamaram a empresa de uma "fazenda de troll" na internet russa, embora para o governo russo não exista evidência disso. Duas outras entidades e 13 cidadãos russos também foram indiciados.
"Independentemente de as atividades do IRA serem a construção de audiência através da adesão às comunidades ou se o governo russo planejou aumentar as diferenças existentes, suas atividades são claramente insignificantes estrategicamente em comparação com as outras forças em jogo", Assange escreveu no Twitter na tarde deste domingo (18).
Assange expressou dúvidas acerca da possibilidade de a empresa ter conseguido "dividir a América" por meio de suas atividades, como implica a acusação.
Regardless of whether IRA's activities were audience building through pandering to communities or whether a hare-brained Russian government plan to "heighten the differences" existed, its activities are clearly strategically insignificant compared to the other forces at play.
— Julian Assange ⌛ (@JulianAssange) 18 de fevereiro de 2018
"Os Estados Unidos têm 320 milhões de pessoas com um setor de mídia e cultura de trilhões de dólares que emprega mais de um milhão de pessoas. Eu não avalio que é possível dividir a América tentando 'aumentar as diferenças'" com uma centena de trolls [referência ao IRA]", acrescentou o fundador do WikiLeaks.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, chamou as alegações de infundadas, enquanto o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, apontou que nenhuma evidência foi produzida para fundamentar as alegações.