"Não necessariamente dizemos, que tais preferências a nível biológico nunca podem ser alteradas. Os últimos testes e observações das pessoas mostram que os contatos entre os liberais e partidários do regime autoritário, muitas vezes levam ao fato de suas posições mudarem após aprenderem algo novo", declarou Jonas Olofsson da Universidade de Estocolmo (Suécia).
Nos últimos anos, biólogos, neurofisiologistas e psicólogos encontraram um grande número de indícios de que muitas preferências sociais e pessoais estão estritamente ligadas ao funcionamento dos órgãos sensoriais e de como a evolução humana prosseguiu no passado. Por exemplo, dois anos atrás eles mostraram que as pessoas são mais propensas a confiar em líderes de pele branca durante os períodos da crise, do que em outros políticos.
"Em tais sociedades, a probabilidade de contato entre diferentes camadas sociais diminui, o que em teoria, deve proteger seus membros da proliferação de doenças", esclarece o especialista.
Conforme Jonas Olofsson, tal inclinação para o autoritarismo ou liberalismo pode ser biologicamente determinada e estar ligada ao fato de nossos antecessores se adaptaram à vida em grandes grupos. A brusca reação ao cheiro de suor ou fezes, poderia os proteger das epidemias e outras doenças transmissíveis.
Como consequência, esta reação e as emoções ligadas a ela, espalharam-se a outros aspectos da vida humana, incluindo para a política, o que levou ao nascimento do conservantismo e autoritarismo. No futuro próximo, os cientistas planejam estudar minuciosamente estas reações e perceber como os cheiros podem subconscientemente obrigar uma pessoa a tratar de uma maneira negativa as outras, e revelar se é possível reprimir essa reação.