As ferramentas alternativas da Rússia e China são limitadas a nível nacional. Entretanto, China descobriu um mecanismo que pode servir na “guerra silenciosa contra o dólar", informou o portal russo Politikus.
A partir de setembro de 2017, as exportações russas à China em rublos e yuan representavam apenas 17% e as importações 18,6%. A maioria das trocas comerciais entre os dois países foi feita em moedas como o dólar ou o euro. No caso do dólar, a porcentagem aumenta para 78,8% nas exportações e 76% nas importações russas. O dólar continua desempenhando um papel importante nas transações mundiais.
Entretanto, a criação do sistema alternativo ao SWIFT tem cada vez mais perspectivas.
Por exemplo, recentemente a China elaborou o Sistema de Pagamento Internacional da China (CIPS, na sigla em inglês) para ampliar o uso de sua moeda nacional nas transações internacionais, baseado no PVP. A Rússia, por sua vez, criou seu serviço bancário como resposta às ameaças do Ocidente de suspender o país do SWIFT. Denominada SPFS (Sistema de transferência de transações financeiras), o protocolo tem como objetivo realizar pagamentos a nível internacional.
Em outubro de 2017, a China abriu em Moscou a primeira divisão de seu Banco de Indústria e Comércio, para promover transações em yuanes. A entrada do yuan na Rússia não é exclusiva. Moscou já assinou acordos com a Turquia, Irã e Azerbaijão para evitar o uso do dólar nas transações internacionais.
"Todas essas medidas ajudarão a proteger a economia russa das sanções ocidentais e atenuar o impacto do 'estouro da bolha do dólar', que mais cedo ou mais tarde ocorrerá devido ao sério desequilíbrio no sistema financeiro dos EUA", concluiu o autor do artigo.