Em 11 de março de 1958, um bombardeiro Boeing B-47 Stratojet voava de um aeródromo militar no estado da Geórgia até ao Reino Unido e depois ao norte da África, recorda o RT. O avião portava várias armas nucleares, em caso de se iniciar uma guerra com a URSS, incluindo a bomba atômica Mark 6.

Durante o voo, o capitão Earl Koehler viu uma luz de aviso na cabine indicando problemas com o pino de bloqueio do arnês que segurava a bomba. Quando o copiloto Bruce Kulka desceu ao depósito para verificar a situação, ele tirou por engano o pino de desbloqueio de emergência.
Felizmente, a bomba não levava o núcleo cindível nuclear — que estava guardado no avião separadamente da Mark 6 — o que salvou a povoação de uma catástrofe maior. Mesmo assim, a bomba continha a carga explosiva convencional que explodiu logo após a arma ter caído perto da casa da família Gregg.
A explosão destruiu uma casa de jogos infantil, feriu seis membros da família, inclusive crianças, e danificou vários edifícios próximos. Além disso, a bomba deixou uma cratera de 21 metros de largura e 11 metros de profundidade, que permanece visível até hoje.

Depois do incidente, a família afetada processou a Força Aérea dos Estados Unidos, recebendo uma indenização equivalente hoje a 458 mil dólares (R$ 1.493 milhões). A Força Aérea, por sua parte, decidiu mudar a configuração das bombas para evitar este tipo de situações no futuro.