Eles reconhecem que, depois de saírem da prisão, não deixaram de ter medo dos militares norte-americanos até mesmo quando os encontram em lugares públicos.
"Todas as vezes que os encontrava na rua, era tomado por medo de voltar para a prisão, onde era torturado", ressaltou um deles.
"Não posso dormir — constantemente vejo torturas e ouço gritos", declarou um deles.
Em 2003, as tropas norte-americanas deram início à operação Choque e pavor, que depois foi batizada de Operação Liberdade. Após a invasão dos EUA, a prisão Abu Ghraib, que está situada em uma cidade com o mesmo nome nos arredores de Bagdá, transformou-se no principal lugar onde mantinham os iraquianos acusados de crimes contra a coalizão ocidental. Os prisioneiros foram torturados, muitos deles morreram.
Somente 12 militares foram reconhecidos culpados pelas torturas em Abu Ghraib, tendo recebido diferentes sentenças de prisão. No entanto, o tribunal não encontrou culpa dos altos funcionários do Pentágono no acontecido.