Segundo Paul Ehrlich, o colapso da civilização é inevitável nas próximas décadas, e pode ser iniciado devido a vários fatores.
Para ele, previsões negativas estão intimamente ligadas ao excesso populacional e de consumo. Paul Ehrlich está seguro que estes dois fatores vão empurrar nossa civilização ao abismo.
"O problema principal corresponde à destruição dos sistemas de suporte de vida devido ao crescimento do consumo, sendo [crescimento] fruto do aumento da população e do consumo per capita. Várias desigualdades, sejam elas de gênero, raciais e religiosas, diminuem as chances de pessoas prestarem ajuda necessária para evitar o colapso", argumenta.
De acordo com Ehrlich, a situação já se deteriorou muito depois de 50 anos da publicação do seu livro The Population Bomb (Bomba Demográfica).
De acordo com o biólogo, as chances de uma guerra mundial nuclear vir a exterminar a nossa civilização são "maiores do que em qualquer período da Guerra Fria, com exceção da Crise dos mísseis de Cuba".
Apesar das advertências de que pessoas estão ameaçando à vida terrestre, governos e comunidade internacional ainda não conseguiram reduzir a ameaça. Ehrlich acredita que haja motivos para não resolução.
Por exemplo, "o buraco da educação em disciplinas básicas, em especial entre economistas e políticos que consideram o crescimento econômico cura de todas as doenças, sendo ele [crescimento econômico] doença principal", opina o analista, acrescentando que o papel-chave é desempenhado pelos traços negativos do ser humano tais como "avidez, tolice e arrogância".
Foram vendidas cerca de dois milhões de cópias do best-seller Bomba Demográfica, que foi escrito juntamente com sua esposa Anne em 1968. A obra foi traduzida em muitos idiomas.
No livro é destacado que "centenas de milhões de pessoas vão morrer de fome" nos anos 70, contudo, segundo declarou o cientista, este desfecho trágico foi prevenido pela revolução agrária.
Em maio de 2018, a obra completará 50 anos, o autor continua comprometido com suas previsões. Apesar de algumas suposições e alguns prazos não terem sido verdadeiros, Ehrlich tem absoluta certeza que a ideia geral do seu livro corresponde à realidade.