Pesquisa dos EUA mostra que obesidade continua crescendo no país

© AP Photo / Mark LennihanFoto mostra homem obeso em Nova York, nos EUA.
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Uma nova pesquisa federal que mede as tendências de obesidade nos EUA em 2015-2016 e de 2007-2008, revela que as taxas de obesidade em adultos norte-americanos têm aumentado desde os anos 1980.

Os dados publicados semana passada na Revista da Associação Médica Americana (JAMA), um periódico científic, analisaram as tedências da obesidade entre jovens e adultos dos EUA entre 2007 e 2008, assim como entre 2015 e 2016. 

Os resultados revelaram que a obesidade entre adultos aumentou de 33,7% entre os anos de 2007 e 2008 para 39,6% entre 2015 e 2016. Entre os jovens essa taxa foi de 16,8% entre 2007 e 2008, e subindo para 18,6% entre 2015 e 2016.

"A maioria das pessoas sabe que estar com sobrepeso ou obesidade não é saudável, e que comer demais contribui para o excesso de peso", detalhou o Dr. James Krieger, professor de medicina clínica na Universidade de Washington. "Mas apenas dizer às pessoas que há um problema não resolve isso."

Embora os dados recentes da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição não expliquem porque as taxas de obesidade estão aumentando, os nutricionistas acreditam que uma dieta pobre, um estilo de vida sedentário e fatores genéticos provavelmente são fatores que contribuem para essas taxas.

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De acordo com a Euromonitor, empresa de inteligência para negócios, as vendas de fast food nos EUA aumentaram em 22,7% entre 2012 e 2017. Além disso, as vendas de alimentos embalados aumentaram 8,8% no mesmo período.

Segundo o Dr. Craig Hales, co-autor da pesquisa, o aumento observado na obesidade infantil "poderia ser devido ao erro de amostragem", sugerindo que "não houve tendências crescentes ou decrescentes nos últimos 10 anos" e que a pesquisa não é conclusiva.

No entanto, "algo diferente está acontecendo com adultos e jovens", observou ele, conforme relatado pelo jornal New York Times.

Outros especialistas discordam, e divergem entre afirmações de que as taxas de obesidade infantil aumentaram ou simplesmente se estabilizaram.

"Nós não mudamos a maré. De qualquer forma, as taxas continuam subindo", disse o Dr. David Ludwig, professor de nutrição da Harvard T.H. Chan Escola de Saúde Pública.

O Dr. William Dietz, diretor da Aliança contra a Obesidade da Universidade George Washington, acredita que é cedo demais para chegar a uma conclusão sobre uma tendência de obesidade infantil. "Estou preocupado com isso, com certeza, mas precisamos de mais dois anos de dados", afirmou ele, segundo o New York Times.

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