O caso, cujos detalhes foram publicados na revista World Neurosurgery, foi identificado pelos pesquisadores como nascimento no caixão — um fenômeno que ocorre quando um embrião de uma grávida falecida é expulso do corpo da mãe no túmulo. Conhecido como extrusão fetal após a morte, ocorre na sequência do aumento da pressão de gás dentro de um corpo em decomposição.
Cientistas da Universidade de Ferrara e Bolonha na Itália analisaram o esqueleto de uma mulher descoberto em 2010 na pequena cidade de Imola, Bolonha. Crê-se que os restos mortais sejam do período entre 600 e 700 a.C.
A mulher foi encontrada com o embrião entre as pernas. Devido à posição dos ossos, os pesquisadores concluíram se tratar de um caso de nascimento no caixão. A cabeça do embrião e a parte superior do corpo foram encontradas fora da cavidade pélvica da mulher, enquanto as pernas do bebê ficaram dentro. De acordo com os cientistas, há chances de corresponder a um nascimento parcial de uma gravidez de 38 semanas.
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— ancient-origins (@ancientorigins) 24 de março de 2018
Mulher medieval dá à luz depois da morte
Como trepanação era usada para tratar pré-eclâmpsia — alta pressão arterial ligada à gravidez, os cientistas supõem que pode ter sido o caso da gestante.
Ela teria vivido somente uma semana depois da operação e foi sepultada ainda grávida, dando à luz durante decomposição do corpo.
No ano passado, um caso parecido foi registrado perto do cemitério Peste Negra, não tão longe de Gênova, Itália.