O estudo, publicado na revista Bulletin of Volcanology, confirmou que o vulcão está movendo de leste a sudeste, até a cidade de Giarre, a uma velocidade média de 14 milímetros por ano.
Os pesquisadores conseguiram determinar esse movimento depois de monitorarem o vulcão ao longo de 12 anos com a ajuda de mais de 100 estações de GPS localizadas ao redor do monte Etna.
'Efeitos seriam devastadores'
Embora o deslizamento lento do vulcão signifique que ele não represente uma ameaça imediata, Murray acredita que seja importante “continuar o monitorando, já que caso algo aconteça, os efeitos seriam devastadores".
Embora não haja sinais de que isso possa acontecer com Etna em um futuro próximo, o movimento contínuo poderia criar um acúmulo de magma capaz de provocar mudanças na paisagem, já que o monte está localizado no topo de uma camada de rochas sedimentares.
"Etna é um dos vulcões mais ativos do mundo, provavelmente o mais ativo no momento. Tivemos literalmente centenas de erupções nos últimos cinco anos", disse Murray, acrescentando que, além disso, o monte Etna não se encaixa no modelo padrão de um vulcão e ainda continua surpreendendo os cientistas.