"O Pentágono acredita que está precisando de mísseis, porque sua artilharia de campo é inferior à dos canhões russos, que possuem um alcance maior do que os norte-americanos", aponta o analista Michael Peck em seu artigo.
Armas deste tipo violam o Tratado INF (Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário), assinado entre a URSS e os EUA para proibir que eles tenham mísseis balísticos baseados em terra e mísseis de cruzeiro com uma faixa de alcance entre 500 e 5.500 quilômetros.
"De verdade, dado o fato de a artilharia tem sido historicamente talvez a mais poderosa arma do exército russo (Stalin chamava a artilharia de ‘Deus de Guerra') não é de surpreender que os EUA queiram ter sua própria artilharia poderosa", opina o autor do artigo.
O analista do jornal estadunidense sublinha que um dos passos de Washington na criação de novos armamentos é o programa OpFires, realizado pelo Departamento de Defesa do país.
Desde 2014, após os acontecimentos no leste da Ucrânia e operação síria, a Rússia e EUA vêm acusando um ao outro de violar os acordos sobre mísseis em vigor.
Os Estados Unidos, por sua vez, acusam a Rússia de estar abafando as capacidades reais do míssil 9M729 do sistema Iskander-M. O Pentágono acredita que o míssil em questão alcance 5.500 quilômetros de distância e não 500 km indicados pelo Ministério da Defesa russo.
Quanto ao poderio da artilharia, o líder soviético Josef Stalin disse em 1941 o seguinte: "A artilharia é o mais importante gênero das tropas. A artilharia é o Deus da guerra moderna. A artilharia se encontra em todos os gêneros das Forças Armadas: infantaria, tanques e aviões."