No sábado (7), vários meios de comunicação, citando militantes sírios, acusaram Damasco de usar armas químicas na cidade de Duma. O assessor de segurança interna do presidente dos EUA, Donald Trump, Tom Bossert, disse no domingo (8) que não descartou ações militares contra o governo sírio em como forma de retaliação. Ao mesmo tempo, Trump acusou a Rússia e o Irã de apoiarem o líder sírio Bashar Assad.
"Eu não acredito que a Rússia tenha que implementar reforços na Síria. Fazer campanhas de propaganda é uma coisa, agir no chão é outra completamente diferente. Os norte-americanos são maus no último nível […] Eles atacarão indivíduos com novas sanções e expulsarão diplomatas. Mas eles não são suicidas para iniciar operações sérias [na Síria]", afirmou Klimov.
O legislador não descartou que os Estados Unidos pudessem encenar provocações com a ajuda das facções da oposição síria que mantém sob controle.
Klimov enfatizou que enxerga as declarações de Washington como uma provocação, observando, no entanto, que posição dos EUA era bastante clara.
"Os Estados Unidos designaram [a Rússia], juntamente com o Irã e a Coreia do Norte, como seus adversários em sua legislação. Esta campanha anti-Rússia continuará, especialmente depois que a provocação do Reino Unido e dos EUA com o caso Skripal falhou", concluiu o legislador.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que as acusações sobre o suposto uso de armas químicas pelas forças do governo sírio visavam encobrir os terroristas e justificar uma possível ação militar externa.
O Ministério alertou contra qualquer ação militar baseada em relatórios improvisados e fabricados, acrescentando que isso pode ter conseqüências severas.