Anteriormente o presidente dos EUA, Donald Trump, acusou a Rússia e o Irã de apoiarem o líder sírio Bashar Assad depois de terem surgido informações sobre um alegado ataque químico na cidade síria de Douma, e prometeu decidir sobre medidas retaliatórias em 48 horas.
Em 9 de abril, o Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião de emergência para discutir o desenvolvimento recente da situação no conflito da Síria.
Em suas palavras, a "liderança dos Estados Unidos, Reino Unido e França, sem qualquer razão e sem pensar nas consequências, realizam uma linha de confronto em relação à Rússia, e incentivam os outros a fazê-lo",
Segundo ele, estes países estão "usando um grande arsenal de métodos, que nem mesmo eram usados durante a Guerra Fria".
Neste contexto, o diretor do Centro de Pesquisas do Oriente Médio e Cáucaso, Stanislav Tarasov, comentou a situação ao serviço russo da Rádio Sputnik.
"Realmente podemos observar um grave aumento de tensões em torno da Síria. Além do mais, norte-americanos e seus aliados tentavam avançar aos poucos e de modo persistente, inventado vários pretextos e elaborando motivos diferentes", declarou.
"E agora, quando a intriga com o foragido coronel russo [envenenado no Reino Unido, o ex-agente dos serviços secretos russos, Sergei Skripal] não produziu efeito desejável — não se trata da expulsão de diplomatas russos, mas sim da influência política e diplomática sobre a opinião pública — estadunidenses e seus aliados decidiram "mudar o foco" para a Síria", opina especialista.
"Norte-americanos sofrem derrota na Síria — não em termos de combate, mas no sentido estratégico", sublinhou.
Por esta razão, destacou, continuam acusando Rússia e seus aliados de "usar armas químicas na Síria. É sob este pretexto que os EUA planejam atacar militarmente".
"Naturalmente, este jogo está à beira do fracasso", conclui.
Ao mesmo tempo, o analista político acredita que "embora os EUA estejam cambaleando, não vão cruzar a ‘linha vermelha'. Mas isso não melhora a situação, pois seu comportamento afeta o estado da região, que está se agravando".