Ontem, o diretor-geral da OPAQ disse, durante uma reunião na sede da organização, que a equipe de segurança da ONU foi forçada a recuar, adiando a chegada dos inspetores da OPAQ que deveriam visitar o lugar do suposto ataque.
"Há rebeldes que aterrorizam os civis e inclusive impedem o trabalho dos representantes da comunidade internacional — da ONU e da OPAQ. Há quem não queira que seja realizada uma investigação objetiva e profissional", disse Bogdanov à Sputnik.
"Como mostram os acontecimentos, [tal ameaça] existe, infelizmente", constatou.
Mais cedo nesta semana, a delegação britânica na OPAQ declarou que a Rússia e a Síria ainda não concederam acesso à missão da organização em Douma. O vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov, descartou as alegações, dizendo que foram os ataques aéreos dos EUA e aliados que impediram os esforços dos inspetores para examinar o lugar do ataque.
No início de abril, países ocidentais acusaram o governo sírio de ter executado um ataque com bomba de cloro na cidade de Douma que supostamente matou até 70 pessoas, mas Damasco refutou as acusações.
A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) iniciou sua investigação sobre o suposto ataque químico na cidade síria, mas na véspera da sua chegada ao local os EUA, o Reino Unido e a França realizaram ataques contra a Síria em resposta à suposta utilização de substâncias químicas em Ghouta.