Nova época do mercado de petróleo
Segundo as previsões de um dos maiores bancos de investimento do mundo, o Bank of America Merrill Lynch, em 2018 a escassez de petróleo será de 630.000 barris por dia e em 2019 – de 300.000 barris diários.
Tomando em conta esses fatores, os analistas do banco constatam que estão criadas todas as condições necessárias para que o preço atinja a marca de 100 dólares por barril já em 2019.
Previsões similares foram feitas por analistas do banco Goldman Sachs. Além disso, o chefe de uma das maiores petroleiras, a francesa Total, sublinhou que o mercado de petróleo "entrou em um novo mundo", onde a geopolítica é um fator crucial.
Os analistas, entretanto, observam que a situação pode mudar em qualquer momento. Se os países da OPEP+ ajustarem o acordo como consequência do crescimento dos preços, na segunda metade do ano os preços poderão baixar drasticamente. A decisão final a esse respeito será tomada pelos ministros dos países da OPEP+ na reunião de 22 a 23 de junho em Viena.
Segundo os especialistas, o mais adequado seria estabelecer um preço de 50-60 dólares por barril para garantir a demanda.
Os analistas do banco suíço UBS calcularam qual será o impacto econômico de um preço tão alto do petróleo.
As cotações do ouro negro afetam diretamente as taxas de crescimento da economia global e a inflação, bem como a política monetária.
"Com o preço de 100 dólares por barril, o crescimento econômico mundial perde 16 pontos básicos, o que equivale a uma perda de 100 bilhões de dólares", revelam os economistas do UBS.
Segundo os analistas, o crescimento drástico dos preços do petróleo deve ser tomado a sério porque as últimas seis recessões nos EUA foram precedidas por um aumento agressivo do preço do petróleo.
A atual onda de crescimento ocupa o 11º lugar por sua força em comparação com outras dos últimos 70 anos. Entretanto, os economistas advertem que, se as cotações continuarem subindo até 100 dólares por barril, a situação poderá ficar fora de controle.