"É preciso pressionar a Rússia com sanções — foi assim que destruíram a União Soviética", disse o vice-ministro dos Assuntos dos Territórios Interinamente Ocupados da Ucrânia, Georgy Tuk.
"Aposto no aumento de pressão sobre a Rússia, reforço das sanções, destruição da economia russa […] temos todos um bom exemplo de vida. Existiu o maior império do mundo [a União Soviética] que foi destruído por este meio sem um único disparo", afirmou o vice-ministro ao canal de TV NewsOne.
Tuk também acrescentou que além das sanções, para a destruição da URSS contribuíram outros fatores, "incluindo a corrida armamentista".
A afirmação do político ucraniano foi posteriormente comentada por Sergei Tsekov, membro do Comitê de Assuntos Internacionais do Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo).
Segundo o parlamentar russo, a razão do colapso da URSS não foram as sanções, mas sim a falta da consolidação da sociedade.
"Sim, sanções são uma coisa má, mas durante estes 4 anos mostramos a todo o mundo que as enfrentamos com sucesso, reestruturando a economia e avançando", disse Tsekov.
"Se olharmos para as perdas econômicas da Ucrânia nos últimos anos, estas são várias vezes maiores do que as da Rússia", acrescentou.
Desde abril de 2014, o governo ucraniano realiza uma operação militar contra as autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e de Lugansk (RPD e RPL, respectivamente), que declararam a sua independência da Ucrânia após o golpe de Estado em fevereiro de 2014.
Após a escalação da crise na Ucrânia, os países ocidentais impuseram sanções contra Moscou, acusando a Rússia de reintegrar ilegalmente a Crimeia e intervir no conflito em Donbass. A parte russa, por sua vez, ressalta que a reunificação ocorreu de forma legal, de acordo com as leis internacionais, através de um referendo.