Incêndios provocados pelo asteroide, chuvas ácidas e uma drástica alteração climática extinguiram quase todas as árvores do planeta, sugere uma pesquisa publicada pela revisa Current Biology.
Assim, biólogos descobriram que toda a fauna das aves existentes e fósseis, posteriores ao período Cretáceo tardio, provêm de uma variedade reduzida de aves terrestres, ou seja, que faziam ninhos no solo. A grande diversidade de aves arbóreas das épocas geológicas anteriores ao impacto, da qual temos a constância paleontológica, acabou por ser completamente extinta.
Depois da extinção
Toda a nova geração de aves apresentava patas mais longas e robustas, algo que se vê em esqueletos fossilizados e em espécies tais como kiwi ou emu. Outras mudanças na anatomia das aves foram percebidas.
"Somente um punhado de linhagens das aves ancestrais conseguiu sobreviver à extinção massiva", destacou, afirmando que a continuação de "toda a diversidade maravilhosa de pássaros atuais pode ser traçada através dos antigos sobreviventes".
Durante o período Paleogeno, ou seja, época de recuperação do impacto do meteorito (66-23 milhões de anos), a diversidade das plantas foi restabelecida em meio a uma predominância de samambaias, enquanto a fauna das aves voltou a se desenvolver a partir das espécies terrestres sobreviventes. Pouco a pouco, os novos pássaros foram enchendo ninhos vazios em arbustos e árvores.