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Solto por Gilmar Mendes, operador do PSDB volta a ser preso em São Paulo

© Foto / Reprodução / YouTubeEx-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto
Ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto - Sputnik Brasil
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Em liberdade desde o último dia 11, o engenheiro Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, voltou a ser preso nesta quarta-feira em São Paulo. Apontado como operador do PSDB, o ex-diretor da Dersa foi detido junto com sua filha, a pedido do Ministério Público.

De acordo com a Justiça, a prisão se justifica para assegurar a devida instrução legal, o que não seria possível com ambos em liberdade. No decisão, o Judiciário declara que o ex-diretor da Dersa e sua filha estariam prejudicando a coleta de provas.

A prisão preventiva de Paulo Preto é a segunda neste mês. Ele ficou detido entre os dias 6 e 11 de maio, quando o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu habeas corpus ao ex-servidor de governos do PSDB, que iria depor na mesma data.

À época, o jornal Folha de S. Paulo informou que o engenheiro, nomeado por Geraldo Alckmin e amigo pessoal do ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), estaria cogitando delatar políticos – a maioria deles tucanos.

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Três dias depois da soltura, o Ministério Público voltou a pedir a prisão do ex-diretor da Dersa, que é acusado por desvios de R$ 7,7 milhões da Dersa entre 2009 e 2011, além de possuir R$ 113 milhões em contas na Suíça, dinheiro incompatível com seus rendimentos, segundo os investigadores.

Paulo Preto foi citado por executivos da Odebrecht por supostamente receber repasses ilícitos da empreiteira, os quais teriam auxiliado no financiamento de campanhas eleitorais do PSDB. Ele sempre negou as acusações e desmentiu a possibilidade de delação.

"Não tenho ninguém para entregar nem o que delatar. Vou denunciar o quê se não sou operador? Nunca fui no diretório do PSDB", declarou em entrevista publicada há três dias pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Tanto Alckmin quanto os demais tucanos ligados ao ex-diretor da Dersa (entre eles o senador José Serra) negaram irregularidades ou proximidade com Paulo Preto. O PSDB paulista também refuta qualquer irregularidade.

"O PSDB de São Paulo não tem qualquer relação com o investigado nem com os fatos a ele imputados. O partido reitera seu total apoio às investigações em curso", divulgou o partido em nota quando da soltura do engenheiro.

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