Clinton chama Putin de 'supremacista branco autoritário'

© AP Photo / Mary AltafferHillary Clinton speaks during the ninth annual Women in the World Summit, Friday, April 13, 2018, in New York
Hillary Clinton speaks during the ninth annual Women in the World Summit, Friday, April 13, 2018, in New York - Sputnik Brasil
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A ex-candidata democrata à presidência dos EUA, Hillary Clinton, criticou o presidente russo, Vladimir Putin, a quem acusou de enfraquecer a Europa.

Clinton fez um discurso no Trinity College em Dublin, na Irlanda, onde recebeu um diploma honorário nesta sexta-feira.

Falando para uma platéia de estudantes, ela criticou o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin.

"Vladimir Putin se posicionou como o líder de um movimento autoritário, da supremacia branca e da xenofobia, que quer acabar com a UE, enfraquecer as alianças tradicionais dos EUA e minar a democracia", disse Clinton.

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"Podemos ver esse movimento autoritário surgindo no Kremlin, atingindo toda a Europa e além. Está encorajando nacionalistas de direita, separatistas, racistas e até neonazistas. Estamos vivendo uma era em que os direitos fundamentais, a virtude cívica, os fatos e a razão estão sob ataque", continuou ela.

Em 2016, Vladimir Chizhov, enviado russo na UE, disse que a Rússia deseja que a UE permaneça intacta e que se torne forte.

"Queremos ver a UE unida, poderosa, com uma atitude positiva em relação ao nosso país e, o que é importante, mais independente na tomada de decisões", disse ele na época. Ele reiterou essa posição em março de 2017.

Em fevereiro de 2018, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, também reiterou a posição de Moscou em relação à UE.

"Queremos ver a Europa poderosa e estável. Este é nosso maior parceiro comercial e econômico, apesar de todos os acontecimentos dos últimos três anos que todos conhecemos. A Europa continua sendo nossa maior parceira — e parceira de investimentos", disse ele à Euronews.

Clinton mais uma vez afirmou que a intromissão russa foi a razão de sua derrota nas eleições. Ela disse que a interferência de Moscou na eleição presidencial de 2016 foi "mais do que alarmante" e ameaçou todas as democracias, de acordo com um relatório do site de notícias irlandês RTE.

Clinton também criticou Trump, dizendo que o atual governo está "determinado a travar uma guerra contra o estado de direito", "solapando a verdade e a razão" e "perpetrando corrupção descarada".

Antes do discurso, Clinton se reuniu com o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, para discutir "questões de igualdade de gênero", segundo a edição irlandesa do Independent. O povo irlandês, em 26 de maio, votou em massa pela descriminalização do aborto.

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