Entretanto, vários jornalistas ocidentais não concordaram com os resultados da investigação. Entre eles, o jornalista Nick Harris da edição Mail on Sunday. Segundo uma matéria por ele publicada, a FIFA alegadamente sabia das "violações das regras antidoping por parte da Rússia". Em seu artigo, o autor citou a opinião do ex-chefe da WADA Dick Pound e do membro da Comissão Independente da WADA Richard McLaren.
Segundo o comunicado oficial da FIFA, o jornalista Nick Harris apresentou um conjunto muito seletivo de fatos.
Nick Harris considera irrelevante a posição a WADA quanto à questão, apontou a FIFA. Já que o jornalista não incluiu em sua matéria a postura da federação, a FIFA citou o texto de sua declaração enviada a Harris antes da publicação do artigo.
"A FIFA levou a cabo investigações bastante alargadas quanto à questão [do alegado uso de doping por jogadores de futebol russos], chegando à conclusão de que no momento, não foram encontradas evidências suficientes que confirmassem a violação das regras antidoping por algum jogador de futebol russo. As investigações dos jogadores de futebol incluídos na lista preliminar da Copa do Mundo 2018 foram concluídas, e todos os processos foram encerrados", se lê na declaração da FIFA.
A federação frisou que as ditas investigações foram realizadas em conjunto com a WADA, e que a WADA concordou com as conclusões da FIFA.
De acordo com a FIFA, Dick Pound e Richard McLaren, cuja opinião foi citada na matéria de Harris, não possuem informações suficientes, já que Pound nunca esteve envolvido em investigações quanto às alegadas violações das regras antidoping no futebol russo, e o segundo não esteve envolvido nelas após o verão de 2017.
A FIFA concluiu que cada um pode expressar sua opinião de forma livre, entretanto, todos devem concordar que, conforme a lei, nenhumas punições e sanções podem ter lugar na ausência de provas.