"Acho que até outubro o contrato de Vitiacua será formalizado e a Gazprom investirá imediatamente", disse o ministro dos Hidrocarbonetos da Bolívia, Luis Sánchez, aos repórteres que o consultaram sobre o cumprimento de um plano de investimento anunciado recentemente no valor de 1,224 milhão de dólares.
O acordo entre a YPFB e a Gazprom foi confirmado em 14 de junho, durante uma visita do presidente Evo Morales a Moscou.
Sanchez informou que a assinatura do contrato formal ainda está pendente e, para ser eficaz, deve ser aprovada pela Assembléia Legislativa Plurinacional (parlamento), que tem uma grande maioria pró-governo.
A Gazprom atua na Bolívia há quase uma década, embora apenas como um parceiro menor em projetos de gás liderados pela empresa francesa Total.
O pré-contrato com a Gazprom foi a conquista econômica mais importante da visita de Morales à Rússia.
Outros resultados dessa viagem foram o financiamento de um programa para substituir veículos de transporte público que consomem diesel por outros para gás natural liquefeito e um acordo de associação entre a YPFB e a empresa Acron para produzir e comercializar uréia e outros fertilizantes derivados de gás.
A Bolívia atualmente produz cerca de 60 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural, dos quais exporta três quartos para a Argentina e para o Brasil.