A conclusão da professora Dame Sally Davies levou o novo ministro do Interior, Sajid Javid, a encomendar mais uma revisão sobre a aprovação da cannabis como medicamento, o que poderia levar à reclassificação da droga dentro de algumas semanas.
"Há evidências claras de instituições de pesquisa altamente respeitadas e confiáveis de que alguns medicamentos à base de cannabis têm benefícios terapêuticos para algumas condições médicas", afirma a professora Dame Sally em seu relatório.
The Government's chief medical adviser, Dame Sally Davies, has said doctors should be able to prescribe medicinal cannabis in a move that could pave the way for a change in the rules on medicinal cannabis within weeks.
— Andrew Keogh (@CrimeLineLaw) July 4, 2018
Medicamentos à base de cannabis são categorizados como uma droga da Tabela 1, portanto, não são considerados terapêuticos. No entanto, removendo essa categorização, os médicos seriam capazes de prescrevê-los sob condições extremamente controladas.
A reclassificação da discussão sobre a cannabis recomeçou depois que uma mãe retornou do Canadá com remédio à base de maconha para o filho. O produto foi confiscado no aeroporto de Heathrow, despertando debate nacional. Uma revisão sobre o uso de cannabis foi encomendada após o caso da mulher, desesperada para dar a seu filho de 12 anos o medicamento para a epilepsia.
A mother plans to protest UK drug laws by smuggling cannabis oil into Heathrow, claiming it saved her son's life. Should we relax laws around medicinal marijuana like other countries have? pic.twitter.com/l4visgAPrU
— LBC (@LBC) June 10, 2018
O Conselho Consultivo sobre o Uso Indevido de Drogas agora considerará as conclusões feitas pela principal conselheira médica da Inglaterra e decidirá se a droga pode ser recategorizada e remarcada para uso medicinal.
"A posição em que nos encontramos atualmente não é satisfatória. Não é satisfatória para os pais, não é satisfatória para os médicos e não é satisfatória para mim", disse Sajid Javid aos membros do Parlamento britânico. "Cheguei agora à conclusão de que este é o momento certo para rever o agendamento da cannabis", completou.