O documento foi divulgado dentro da Comissão Central Militar do país asiático em fevereiro deste ano.
Se as reformas avançarem, existe a possibilidade de um agravamento das tensões com os países vizinhos, incluindo o Japão, no mar do Sul da China, bem como em outros lugares, adverte o documento.
"À medida que abrimos e expandimos nossos interesses nacionais para além das fronteiras, precisamos urgentemente de uma proteção abrangente para nossa própria segurança em todo o mundo", lê-se no relatório citado pela agência.
Através de uma série de ajustes na estratégia militar, o "equilíbrio, a dimensão e a expansão dos objetivos estratégicos da China" seriam reforçados. As medidas visam “lidar de forma mais eficaz com uma crise, conter um conflito, vencer uma guerra, defender a expansão dos interesses estratégicos do nosso país de maneira integral e cumprir os objetivos estabelecidos pelo partido e pelo Presidente Xi [Jinping]”.
Ultrapassar uma potência em declínio
"Um exército forte é o caminho para […] escapar da obsessão de desencadear uma guerra inevitável entre uma potência emergente e uma hegemonia dominante", acrescentou.
Segundo os militares chineses, as reformas das Forças Armadas são um "ponto de virada" significativo para que um país emergente ultrapasse Washington, sugerindo que os EUA se encontram em declínio, interpretou o relatório a agência Kyodo.