"É totalmente inaceitável que os EUA alarguem significativamente a lista de mercadorias sujeitas a tarifas, expressamos o nosso veemente protesto contra isso", diz o comunicado do Ministério do Comércio da China.
O cientista político e diretor do Centro de Estudos Políticos da Universidade de Finanças da Rússia, Pavel Salin, opinou em entrevista ao serviço russo da rádio Sputnik qual será o país que sofrerá mais com as novas medidas restritivas dos EUA.
Segundo ele, os norte-americanos estão agravando o conflito comercial entre os dois países. Entretanto, Pequim já mostrou que não vai tolerar essas ações de Washington e adotou medidas simétricas. Os EUA, por sua vez, não tencionam desistir de sua política, prometendo adotar novas medidas restritivas.
"A questão principal é qual será o país que sofrerá mais, porque o aumento de tarifas na guerra comercial com a China tinha dois objetivos. O primeiro era fazer com que os chineses desistissem de sua ideia principal, quando eles exigem que os produtores estrangeiros lhes entreguem tecnologias. O segundo era demostrar aos eleitores […] que estão defendendo seus interesses. As tarifas de resposta, introduzidas pela China e Europa, afetam esses eleitores", explicou Salin.
Em 15 de junho o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas de 25% sobre importações chinesas, no valor de 50 bilhões de dólares (R$ 186,8 bilhões).
A China, por sua vez, anunciou a introdução de tarifas de importação de 25% sobre 659 denominações de mercadorias norte-americanas, num total de cerca de 50 bilhões de dólares, em resposta às medidas similares dos EUA.