O conceito da região Indo-Pacífico sai como resposta ao reforço das posições globais da China e é considerada por Washington como um dos elementos-chave da estratégia dos EUA que visa conter Pequim. A administração de Trump tenta não só envolver a Índia na oposição à China, mas também usa ativamente os pontos fracos do governo chinês, tais como as disputas territoriais com os vizinhos asiáticos ou, o que é mais perigoso, a questão de Taiwan.
O governo de Taiwan, por sua vez, também fala cada vez mais frequentemente sobre a necessidade de relações mais estreitas com os EUA, incluindo na esfera de segurança. E no fórum, a presidente de Taiwan, Cai Yingwen, declarou sobre a necessidade da cooperação com os norte-americanos. Entretanto, a atividade diplomática e militar da China foi classificada como uma das ameaças para a ilha.
Depois da chegada ao poder de Cai Yingwen, o diálogo político com Pequim ficou praticamente congelado. Em meio à deterioração das relações com Pequim, Taipé oficial aceitou com entusiasmo a ideia da "região Indo-Pacífica" porque, para a administração taiwanesa, isso dará a Taiwan a oportunidade de ocupar o seu lugar na estrutura de segurança construída pelos norte-americanos.
Em entrevista à Sputnik China, o especialista chinês, Yang Danzhi, explicou como na China entendem essa estratégia dos EUA e que ameaças veem na sua realização.
O analista também comentou até que ponto Taiwan pode ser integrado nos planos americanos de contenção da China. Para ele, há um desejo mútuo de reaproximação, tanto da parte estadunidense, como da taiwanesa e a visita de Carter pode ser um sinal para o estreitamento dos laços entre EUA e Taiwan.