O líder boliviano criticou a "obsessão [de Washington] pela interferência nos assuntos internos dos países soberanos" e afirmou que "os Estados Unidos não são donos do mundo".
EEUU muestra su obsesión por la injerencia en asuntos internos de países soberanos, y demanda acortar el mandado constitucional en #Nicaragua con elecciones anticipadas. Es un anuncio de golpe que atenta contra el diálogo y la paz en Nicaragua. EEUU no es patrón del mundo.
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) 25 de julho de 2018
Os EUA mostram sua obsessão com a interferência nos assuntos internos dos países soberanos e exigem a redução do mandato constitucional na Nicarágua com eleições antecipadas. É um anúncio de golpe que ameaça o diálogo e a paz na Nicarágua. Os EUA não são donos do mundo.
Na terça-feira (24), o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, escreveu em sua conta no Twitter que os EUA solicitam que o governo da Nicarágua realize eleições antecipadas e "coloque um fim à violência". Pence culpou as autoridades nicaraguenses pela morte de mais de 350 pessoas durante os tumultos e afirmou que "a violência na Nicarágua patrocinada pelo Estado é inegável".
Desde abril no país houve manifestações contra o governo que começaram a exigir mudanças nos benefícios da previdência social. Marcado pela violência e por mortes de manifestantes, os protestos continuaram mesmo depois que o presidente revogou seu decreto sobre pensões para facilitar o diálogo interno.
Segundo dados da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, até o momento morreram 295 pessoas em meio aos tumultos gerados pela crise sociopolítica no país. A Associação Nicaraguense Pró-Direitos Humanos (ANPDH) eleva para 351 o número de mortos até a data de 10 de julho.
Conferencia de prensa
— Asociación Nicaragüense Pro-Derechos Humanos (@AsociacionPro) 11 de julho de 2018
351 ciudadanos muertos hasta el 10 de julio
2100 heridos, de los cuales muchos se les ha negado el derecho humano de recibir asistencia médica.
Lesionados gravemente: 51 ciudadanos
Secuestros y desapariciones: 329 (aparecidos 68 ciudadanos torturados) pic.twitter.com/vUfE7HxowJ
Conferência de imprensa; 351 cidadãos mortos até 10 de julho; 2100 feridos, muitos dos quais foram negados o direito humano de receber assistência médica; Gravemente feridos: 51 cidadãos; Sequestros e desaparecimentos: 329 (68 cidadãos aparecidos torturados)