Em uma entrevista para o South China Morning Post, o presidente do Conselho Coreano para Reconciliação e Cooperação, Kim Hong-gul disse que Pyongyang expressou seu desapontamento com a demora para assinar a declaração oficial para acabar oficialmente com a Guerra da Coreia.
"As autoridades norte-coreanas disseram que estão frustradas com o atraso e perguntaram se há uma razão válida para esse progresso lento", disse ele, citando a posição de Pyongyang após fazer concessões significativas a Seul e esperado ações recíprocas em troca.
Kim também disse que a Coreia do Norte inicialmente queria um tratado de paz, mas "agora estão pedindo uma declaração de fim de guerra" para acelerar o processo de desnuclearização na Península Coreana.
Em maio, o serviço de imprensa do gabinete presidencial sul-coreano informou que a China e a Coreia do Sul cooperariam estreitamente para chegar a um tratado de paz permanente entre Seul e Pyongyang.
O documento estipula que Seul e Pyongyang devem conseguir isso por meio de conversas trilaterais entre o Norte, o Sul e os EUA, ou conversas entre quatro países, incluindo a China.
Fim da Guerra da Coriea
No início de abril, o presidente sul-coreano, Moon Jae-in afirmou acreditar que "devemos acabar com o armistício que durou 65 anos e avançar para a assinatura de um tratado de paz através da declaração do fim da guerra".
Sua fala foi ecoada pelo conselheiro de segurança sul-coreano Chung Eui-yong. Em declaração à imprensa, o oficial afirmou que Seul considerava assinar um potencial tratado de paz com o Norte se Pyongyang desistisse de suas armas nucleares.
"Estamos examinando a possibilidade de substituir o acordo de armistício coreano por um tratado de paz", ressaltou.
Pyongyang anunciou repetidamente que pretende substituir o armistício por um tratado de paz, enfatizando que o acordo de 1953 deveria ser uma medida transitória.