Segundo Bruce Jakosky, da Universidade do Colorado, graças à informação recolhida pela NASA, os cientistas concluíram que "não há suficiente dióxido de carbono" para gerar um "aquecimento significativo por efeito de estufa ".
O indispensável: criar uma atmosfera
A preocupação dos especialistas quanto às dificuldades de criar uma atmosfera em Marte reside no fato de a pressão atmosférica no planeta ser muito baixa. Isso faz com que qualquer líquido que possa haver na superfície de Marte se evapore ou se congele.
Portanto, se o carbono armazenado nas calotas polares fosse evaporado, seria possível duplicar a pressão atmosférica, mas esta alcançaria somente o equivalente a 1,2% da existente na Terra.
Face a esta situação, o sonho de transformar Marte em uma nova Terra é remoto, embora Jakosky mantenha as esperanças.
A última oportunidade?
Uma possibilidade final de criar essas condições seria depositar as reservas de carbono nas profundidades da crosta terrestre. Entretanto, não se sabe se existem reservas suficientes, e ainda que existam, não temos meios necessários para extraí-las.
"Poderíamos fabricar gases de efeito de estufa de alta eficácia como os clorofluorocarbonetos, que aqueceriam o planeta, mas isso requer de um sistema de fabricação mais avançado, que está para além de nossa capacidade atual", explicou Jakosky.
O bilionário fundador da SpaceX, Elon Musk declarou, pela primeira vez, sobre a possibilidade de “terraformar” Marte em 2015, através do lançamento de bombas termonucleares sobre as calotas polares do planeta para aquecer o planeta.