As forças armadas russas teriam oferecido às Forças Armadas dos EUA sua cooperação na reconstrução da devastada nação síria, segundo um relatório da Reuters, citando um memorando do governo dos EUA.
"A proposta argumenta que o regime sírio não tem o equipamento, combustível, outros materiais e fundos necessários para reconstruir o país para aceitar retornos de refugiados", diz o memorando.
Com base no tom do memorando, cuja fonte exata nunca é revelada, a Reuters argumenta que a proposta recebeu uma "recepção fria em Washington".
"Os Estados Unidos só apoiarão retorno de refugiados quando a situação for segura, o retorno for voluntáro e digno", diz o memorando. Também estipula que os EUA só cooperariam no caso do fim da guerra civil síria, com eleições supervisionadas pela ONU.
O gabinete do General Dunford, no entanto, se recusou a comentar as comunicações com seu colega russo.
"De acordo com a prática do passado, os dois generais concordaram em manter os detalhes de suas conversas privadas", disse a porta-voz do Capitão, Paula Dunn, aos repórteres.
As forças armadas dos EUA e da Rússia mantêm um canal privado de comunicações para evitar colisões militares indesejadas na Síria. No entanto, este último relatório mostra que o canal também pode ser usado para discutir assuntos que não são de natureza estritamente militar, observa Reuters.
Além disso, o memorando se esforça para garantir que ninguém se engane que a proposta de Gerasimov foi resultado da cúpula de Helsinque.
"Diplomatas russos e outros funcionários também têm se engajado em uma campanha agressiva para descrever a iniciativa em outras capitais e insinuar que isso é um resultado da reunião EUA-Rússia em Helsinque, o que não é verdade", diz o memorando.
Após a cúpula na Finlândia, Trump foi atacado por seus oponentes, que alegaram que o presidente deveria ter pressionado Putin por suposta interferência russa nas eleições americanas. Os democratas também ficaram frustrados por não saberem o que os dois presidentes discutiram em particular. O Ministério da Defesa da Rússia também não comentou o memorando.