Em texto no jornal Daily Telegraph na segunda-feira (6), Johnson disse que se opunha ao banimento de burcas e outras roupas que cobrem o rosto, mas escreveu que era "absolutamente ridículo que as pessoas escolhessem sair por aí parecendo caixas de correio".
Seu artigo atraiu críticas de grupos muçulmanos e colegas políticos — incluindo alguns Conservadores.
Mohamed Sheikh, fundador do Fórum Muçulmano Conservador, disse que o artigo de Johnson estava "totalmente fora de ordem".
Ex-prefeito de Londres e um dos maiores defensores do Brexit, Johnson renunciou ao cargo de secretário de Relações Exteriores em julho, acusando a primeira-ministra Theresa May de matar "o sonho do Brexit" com seu plano de buscar estreitos laços econômicos com a União Europeia depois que o Reino Unido deixar o bloco no próximo ano.
A renúncia solidificou a posição de Johnson como líder da ala pró-Brexit do Partido Conservador, que está profundamente dividida sobre sua atitude em relação à UE.
Muitos esperam que May enfrente um desafio de liderança se as negociações do Brexit não melhorarem — e Johnson poderá buscar tomar o cargo de premiê.