"O senhor Bolsonaro seria um presidente desastroso. Sua retórica mostra que ele não respeita suficiente muitos brasileiros, incluindo gays e negros, para governar de forma justa. Há pouca evidência de que ele entende os problemas econômicos do Brasil bem o suficiente para resolvê-los. Suas genuflexões à ditadura fazem dele uma ameaça à democracia em um país onde a fé nela foi abalada pela exposição do suborno e a miséria da crise econômica", afirma a revista.
A publicação destaca o cenário de incerteza nas eleições presidenciais deste ano, em que o líder das pesquisas, Lula, está preso e nenhum candidato tem mais de 20% das intenções de voto. Neste cenário, um segundo turno é o destino mais provável do pleito. Mas, para a publicação, Bolsonaro "não merece chegar tão longe".
Segundo a revista, Bolsonaro é um congressista "obscuro" que teria continuado como uma figura "marginal" se o Brasil não tivesse sido atingido pela pior crise econômica de sua história e pela operação Lava Jato.
"Em 2016, dedicou seu voto a impugnar a então presidente Dilma Rousseff a Carlos Alberto Brilhante Ustra, comandante de uma unidade policial responsável por 500 casos de tortura e 40 assassinatos durante a ditadura do Brasil", diz a The Economist.