"Eu, como uma pessoa que nasceu e viveu toda a vida em Ventspils, cidade em que a fonte de receita principal é o porto, não posso ficar calado sobre a situação catastrófica que se criou no país na esfera do trânsito de mercadorias. A redução rápida dos fluxos de cargas em trânsito afeta negativamente não só os habitantes das cidades portuárias. Afeta também todos os cidadãos do país", disse.
"O agravamento das relações entre a Letônia e a Rússia literalmente destrói uma das rubricas-chave do orçamento do Estado. Durante os últimos anos, a Rússia construiu vários portos novos na região do mar Báltico. Hoje em dia para lá são encaminhados os nossos milhões de euros. Temos que perceber que a Europa vai receber de qualquer modo as mercadorias russas. A Rússia vai as vender e transportar de qualquer modo. Ninguém vai perder. Ninguém, com exceção da Letônia, que já está excluída deste esquema", lamentou o político, acrescentando que ainda se pode sair dessa situação através de compromissos.
Segundo a Sputnik Letônia, o setor de mercadorias em trânsito letão foi privado de um volume considerável de cargas por causa da intenção da Rússia de desenvolver sua própria infraestrutura no Báltico, bem como de aumentar a capacidade de transporte da ferrovia na região de São Petersburgo.