Cientistas acreditam que se trata de um enterro do período ptolemaico, que começou após a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C.
Passadas três semanas de trabalhos intensos, um grupo de especialistas egípcios liderado pela pesquisadora Zeinab Hasheesh conseguiu determinar a idade, o sexo e a estatura dos enterrados.
Trata-se de dois homens e uma mulher: o primeiro tinha entre 35 e 39 anos, e aproximadamente 1,60 a 165 metros de altura; o segundo com uma estrutura física forte possuía entre 40 a 44 anos, e tinha entre 1,79 a 1,84 metros de altura, e a mulher de 20 a 25 anos, com 1,60 a 1,64 metros, informou o Ministério de Antiguidades.
Segundo a localização dos restos no sarcófago, os pesquisadores supuseram que as múmias foram enterradas em duas etapas.
Além disso, o buraco no crânio presente em um dos homens teria sido resultado de uma incisão, já que o falecido viveu muito tempo com a ferida. A incisão, ou seja, a perfuração do crânio, é "umas das práticas médicas mais antigas utilizadas pela humanidade, mas raramente era aplicada no Antigo Egito, onde se encontram poucos crânios com vestígios de operação", explicou Hasheesh.
No futuro, os cientistas planejam seguir estudando os restos através de um exame de DNA que ajudará a determinar o grau de parentesco entre os três indivíduos. O líquido extraído de dentro do sarcófago também será analisado.
O sarcófago, o maior de granito já encontrado em Alexandria, causou muito interesse a nível mundial e os cientistas presumiram que se tratava do sepultamento de um nobre ou de um cidadão rico do Egito helenístico, e inclusive sugeriram teorias que o túmulo poderia ter pertencido a Alexandre, o Grande.