As entrevistas são feitas durante um bloco do Cidade Alerta, tem duração de 15 minutos e são conduzidas pelos jornalistas Chistina Lemos e Eduardo Ribeiro. Marina Silva (Rede) fecha a série de sabatinas na próxima segunda-feira (27).
Álvaro Dias disse que o anúncio serviu para mostrar o apoio ao combate a corrupção e a Operação Lava Jato.
"Esse convite tem esse simbolismo porque eu desejo fazer da Lava Jato uma política de Estado, uma espécie de tropa de elite do combate a corrupção", afirmou.
O candidato do Podemos rebateu a pergunta do jornalista Eduardo Ribeiro sobre o fato dele se apresentar como renovação política, mas ocupar cargos públicos "a quase 50 anos".
"Eu sempre fui um contestador, eu sempre combati esse sistema, hoje eu tenho mais responsabilidade e dever de substituir essa proposta com a refundação da república porque eu conheci esse monstro nas suas entranhas. Eu sempre estive inquieto, desconfortável, revoltado e indignado, tanto que mudei diversas vezes de sigla", se defendeu.
Uma das principais bandeiras de Álvaro Dias para as eleições este ano é "acabar com os privilégios das autoridades".
"Nós temos que acabar com os privilégios das autoridades, nós vamos acabar com o auxílio-moradia, todos os penduricalhos, ninguém pode ganhar além do teto, e vamos também reduzir o número de deputados e senadores", afirmou.
Antes de se candidatar à Presidência, Álvaro Dias era senador pelo PSDB eleito pelo estado do Paraná.
Questionado sobre o envolvimento com o empresário Joel Malucelli, que teve uma de suas empresas investigadas por corrupção na Lava Jato e que foi o maior doador da campanha do candidato para o Senado em 2014, Álvaro Dias disse que segue sendo um defensor da operação, que Malucelli ainda não é investigado e que ele se afastou da empresa para exercer a atividade pública.
"Oito milhões de brasileiros serão beneficiados com a isenção do imposto", afirmou, adicionando que as mudanças nos tributos — uma delas sendo a isenção dos impostos dos medicamentos genéricos — seguirão a lógica de "quem ganha mais, paga mais, quem ganha menos, paga menos".
Ainda sobre as medidas tomadas pelo governo atual, Álvaro Dias foi questionado sobre qual seria a solução duradoura de segurança pública para o Rio de Janeiro, que vai durar até dezembro deste ano.
"Dizem sempre que falta dinheiro. Ocorre que nós gastamos mais do que os países integrantes da OCDE. O que falta aqui é honestidade, planejamento, competência de gestão", colocou. Além disso, afirmou que há, atualmente, um afrouxamento da autoridade no Brasil: "Quando a autoridade não se impõe, a marginalidade se sobrepõe".
Nas considerações finais, o candidato disse que "a refundação da República é o caminho para a reconstrução nacional" e que "é preciso fazer sem roubar".